segunda-feira, 1 de abril de 2024

Abril Colorado 2024: Shula fase grupal + Brasa 1ª a 4ª dose

 ★★★

Avaliação sucinta:

Pelo que temos visto nas últimas temporadas, o Inter inverteu o significado de "camisa pesada" — a camisola colorada pesa não pros adversários, mas pros nossos próprios "guerreiros"; os reveses pregressos e a seca de títulos soam como maldição; a torcida se puxa e se ilude, faz a sua parte, ao mesmo tempo em que já normalizou o fiasco, já se acostumou a morrer na praia, a não ganhar nada, cantando E vamos, Inter! eu só te peço esse campeonato!... etc. Alguns porém assumiram o pessimismo e com ele suportam o peso das derrotas (é o caso do Sandromes). Outros tantos pularam da barca, deram um tempo por prazo indeterminado.
Será que pra nós colorados torcer dá azar? será que o melhor é torcer ao contrário, i.e. "antitorcer", já que torcer não adianta e parece fazer efeito contrário?
Repito aqui o que já disse alhures outrora: viramos um clube social e assim continuaremos enquanto não faturarmos nada.
O atual prantéu (pranto + plantel) deveria estar bem na foto, mas o fato de termos caído — invictos! — pro Jumentude Transviada reforçou a impressão de que é formado por pigmeus, mocorongos, amarelões e peladeiros. E não é que Roger Rabbit fez o Coudet? tem cabimento?! #tomanoku

★★★

Godotização:

Doravante, por período indeterminado e intermitente, utilizarei o Sistema Godot de Nomenclatura — SGN, o qual foi criado por mim a partir de mote suscitado pelo tazkeiro Peter Sen (formerly known as Djamarro) no papiamêntu dalguma bostagem meses atrás, após ele ter assistido à peça Esperando Godot. Foi quando forjei o padrão godotiano e passei usá-lo com alguns personagens do Inter contemporâneo, inclusive aqueles que eu já havia alcunhado: e.g. Mano aka Mané virou Manot; Coudot aka Cudêncio, Coudot; Renê, Renot; Wanderson aka Wandeka, Wandot; Rochet, Rochot. Também o estendi aos 4 cavaleiros do apocalipse: Henze, Henzot; Djamarro, Djarrot; Dom Ciffero aka Ciffo, Ciffot; Sandro Gomes aka Sandromes, Sandrot.
   A escolha não é fortuita nem banal, porque a peça tem tudo a ver com a suprarreferida realidade do mondo colorado: o nosso Godot é o caneco que nunca chega e que seguimos aguardando...
   E não é a primeira vez que lanço mão do título da peça figurativamente: cf. dois póstchs bem antigos: Amistoso em Rivera ("Godô", com o significado de mentira, a ver com a gíria "dar um godô"*), e Tensão Pré-Mazembe ("não vale mais a pena ficar esperando Godot").

*DAR UM GODÔ: Não aparecer, não pintar. É de uso restrito aos letrados, que têm noção do Esperando Godot, de Samuel Beckett. Também há o caso exagerado, "dar um godofredo", só pra aumentar a palavra e dizer isso com um som legal. (Fischer, Luís Augusto.   Dicionário de porto-alegrês.  Ed. rev. e ampl.  Porto Alegre : L&PM, 2022. 320 p.)

   Vale ressaltar que a adoção desse sistema não é compulsória a ninguém: cada um chame seus bruxos como bem entender e convir (e.g. Ciffot costuma forjar alcunhas a partir de corruptelas e anagramas dos nomes).
   Segue a nominata conforme o SGN (sujeita a alterações sem prévio aviso):

Anthoni → Toniot → 24
Ivan → Ivot → 22
Rochet → Rochot → 33
Mercadinho → Mercot → 25
Igor Gomes → Gorgot → 3
Robert Renan → Robot → 4
Vitão → Vitot → 44
Bernabei → Nabot → 26
Bustos → Bustot → 16
Hugo Mallo → Mallot → 2
Renê → Renot → 4
Alampa → Lampiot → 10
Bruno Gomes → Brugot → 15
Bruno Henrique → Brunot → 8
Despena → Penot → 14
Charánguiz → Guizot → 20
Fernando → Nandot → 5
Gabriel aka Bragriel Babriot → 23
Gustavo Prado → Pradot → 49
Hyoran → Hyot → 7
Mauricinho → Mauriot → 27
Matheus Dias → Madiot → 41
Rômulo → Mulot → 40
Thiago Maia → Thigot → 29
Ennerval → Ennot → 13
Al Ahrio aka Larika → Lariot → 31
Lucca → Lukot → 45
Borrègar → Borrot → 19
Wandeka → Wandot → 11
Wesley → Weslot → 21

ADESTRADORES
Cudêncio → Coudot → n/a
Lucho González → Luchot → n/a

SENHOR DOS ANÉIS
Barcelino aka Barcelênin → Barçot → n/a

★★★

LISTA SHULEANA
Ciffot quer saber por que ninguém pegou a 9.
★★★

Terceirizando:
 
Esta é a primeira vez que peço pra Inteligência Artificial (IA) escrever por mim.
   A ideia, no entanto, não se restringiu a pedir um texto pura e simplesmente.
   Eu já tinha pensado em redigir um póstch utilizando expressões dum livrinho que tenho faz tempo:
    •  O pai dos burros  Dicionário de lugares-comuns e frases feitas, de Humberto Werneck, Porto Alegre: Arquipélago Editorial, 2009, 208p.
 
   Vários dos verbetes trazem a rubrica futebol (aliás, a única em todo o dicionário), e eram esses que no caso me interessavam (o "resto" também, tanto que à época acrescentei alguns a lápis).
   Deixei a ideia em banho-maria e só agora, com o advento da IA, resolvi levá-la adiante, no sentido de testar essa badalada tecnologia e de não me dar ao trabalho de fazer uma colcha de retalhos com os clichês da referida rubrica.
   Ademais, do ponto de vista simbólico-conceitual, juntar o pai dos burros com a inteligência artificial é um ato (pro)criativo, à revelia da natureza. Aqui o pai é o father, o padre, ao passo que a IA é a mula, inclusive a pronúncia constitui onomatopeia que se faz evidente ao ser repetida de modo contínuo e exclamativo: iá! iá! iá! iá! iá! — ei-la zurrando! nisso o father (pronuncia-se fóda) ouve cioso o chamado dela no cio, e corre zurrando ao seu encontro, e o ato se consuma, e a partir dessa conjunção surge a dupla identidade: ela mula sem cabeça (aka mula/burra de padre), ele lobisomem (aka licantropo), dando à luz curupiras e caiporas.        

★★★
Comando pra IÁ:

→ Redija uma crônica esportiva que englobe a decepcionante participação colorada no Gauchão 2024, bem como a perspectiva quanto aos primeiros jogos da Conmebol Sul-Americana e do Brasileirão, a ocorrer em abril. O texto deverá ter entre 7000 e 10000 caracteres com espaços. É desejável que as seguintes expressões sejam usadas, sem redundância nem obrigatoriedade, na composição do texto (os verbos podem ser conjugados, se necessário): 
● correr pro abraço
● acertar a moldura
● não escolher o adversário
● não se intimidar com o adversário
● respeitar o adversário.
● morrinho artilheiro
● atacante impetuoso
● imprimir velocidade ao ataque
● balançar a roseira
● balançar o véu da noiva
● esquentar o banco
● o jogador estava na banheira
● barreira humana
● a bola explodir na trave (ou no travessão)
● colocar a bola no ninho da coruja
● na marca da cal
● honrar a camisa
● sentir o peso da camisa
● soltar um canhotaço (ou um canudo)
● carimbar o poste (ou o travessão)
● tem dias em que nada dá certo
● colocar água no chope
● chutar nas nuvens
● clássico é clássico
● abrem-se as cortinas
● não é nem sombra do craque que foi
● todo perna de pau tem seu dia de craque
● dar o melhor (ou tudo) de si
● decisão: Sempre falha nas decisões
● o jogador (ou O time) não estava no seu dia
● drible desconcertante
● arrancar um empate
● empate com sabor de vitória
● ficar no empate
● não ir além de um pálido empate
● erro fatal
● sentir a estreia
● usou toda a sua experiência
● o facultativo entrou em campo
● carimbar a faixa
● falta para cartão
● o fantasma do rebaixamento
● confirmar o favoritismo
● quem não faz, leva
● jogar pelos flancos
● engolir um frango
● de frente pro crime
● sabíamos que, mais dia, menos dia, a invencibilidade ia cair
● jogada previsível
● o juiz ergueu os braços
● descolar um lançamento
● não se intimidar com o Beira-Rio*
● levar a menina (i.e. a bola)
● dar números finais à partida
● desperdiçar as oportunidades
● seguir as orientações do professor
● partir para o tudo ou nada
● passe primoroso
● fazer as pazes com a vitória
● encher o pé
● pecar nas finalizações
● perdido em campo
● afastar o perigo
● levar perigo à área adversária
● a gente fez o que o professor mandou
● balançar (ou estufar) a rede
● na rede. pelo lado de fora
● administrar (ou buscar) o resultado
● eterna rivalidade
● tarde infeliz (ou inspirada)
● sentir o desgaste da temporada
● fazer valer a força da torcida
● jogar como um veterano
● o perdedor valorizar a vitória
● retomar o caminho da vitória
*no original: Maracanã.

Obs.: Não incluí na lista supra os verbetes futebol e pênalti, e um que outro lugar-comum.

★★★

Texto gerado pela IÁ:

Crônica Esportiva: O Colorado em Busca da Redenção
 
O Morrinho Artilheiro se retraiu...
As cortinas se fecharam para o Gauchão 2024, deixando um gosto amargo para o Internacional. O Morrinho Artilheiro viu um time que, longe de acertar a moldura, parecia perdido em campo. Não era sombra do craque que já foi, sentindo o peso da camisa em cada lance. Tem dias em que nada dá certo, e infelizmente para o Colorado, foi uma temporada repleta desses dias.
   O técnico, conhecendo a eterna rivalidade do futebol, sabia que não se pode escolher o adversário. Mas também sabia que o time não poderia se intimidar, mesmo diante de uma barreira humana imposta pelos adversários. O Colorado, porém, falhou nas decisões cruciais, desperdiçando oportunidades e pecando nas finalizações.
   A bola teimava em explodir na trave, como se o destino estivesse conspirando contra. O atacante impetuoso, que já balançou a roseira tantas vezes, agora se via chutando nas nuvens, com um canhotaço que parecia carimbar o poste a cada tentativa. O Morrinho Artilheiro, que já viu tantas vitórias, agora sentia o fantasma do rebaixamento rondando seus corredores.
   Chegou a hora da estreia na Conmebol Sul-Americana e do Brasileirão, e o Colorado precisa retomar o caminho da vitória. O técnico sabe que é preciso fazer as pazes com a vitória, honrando a camisa vermelha que tantas glórias já trouxe. É hora de mostrar que todo perdedor pode valorizar a vitória, mesmo que tenha que engolir um frango de vez em quando.
   Os primeiros jogos se aproximam, e a torcida espera que o time volte a imprimir velocidade ao ataque. Jogar pelos flancos, descolar um lançamento primoroso, arrancar um empate com sabor de vitória quando necessário. É hora de seguir as orientações do professor, mesmo que isso signifique partir para o tudo ou nada.
   O Beira-Rio, sempre palco de emoções, não pode mais intimidar o Colorado. A torcida está pronta para fazer valer sua força, empurrando o time como um veterano experiente. É hora de levar perigo à área adversária, de encher o pé e balançar a rede novamente, carimbando a faixa dos adversários.
   O Morrinho Artilheiro, que já foi palco de tantas glórias, agora se prepara para escrever um novo capítulo em sua história. É hora de não ficar apenas no empate, mas de buscar a vitória a todo custo. O Colorado precisa recuperar sua identidade, seu estilo de jogo aguerrido e determinado.
   As cortinas se abrem novamente, e o Colorado entra em campo com a determinação de um time que sentiu o desgaste da temporada, mas que está pronto para retomar o caminho da vitória. O juiz ergue os braços, o apito soa, e a bola começa a rolar.
   Que os deuses do futebol estejam conosco, pois sabemos que, mais dia, menos dia, a invencibilidade ia cair. O Colorado está pronto para dar o melhor de si, para não se perder em campo, para honrar a camisa vermelha e para fazer valer a força de sua torcida apaixonada.
   Que os adversários estejam preparados, pois o Colorado está de volta. É hora de correr pro abraço, de balançar o véu da noiva da vitória e de retomar o caminho que sempre foi seu por direito.

Texto com aproximadamente 7421 caracteres com espaços. [ChatGPT 3.5, em 27/03/2024]
★★★

Alternate take: [06/04/2024, 23:50]

   No comando pra IÁ supra, substituí "decepcionante participação colorada" por "campanha invicta do Colorado". O resultado foi um tanto diferente:
 
 
 A Invencibilidade Colorada: Uma Jornada Pelo Gauchão 2024
Abrem-se as cortinas para mais uma temporada de emoções, rivalidades e aquela dose extra de paixão que só o futebol gaúcho proporciona. Os gramados verdes, as arquibancadas pintadas de vermelho e as vozes da torcida ecoando pelo ar. É o Gauchão 2024, e o Internacional chega com fome de bola, determinado a fazer história.
   Desde o apito inicial do campeonato, o Colorado não pareceu estar para brincadeira. Não escolheram adversário, mas sim todos os desafios que se colocaram à sua frente. Era o morrinho artilheiro, o atacante impetuoso, a equipe pronta para imprimir velocidade ao ataque e balançar a roseira.
   Jogada após jogada, gol após gol, o Internacional foi construindo sua campanha invicta. Não se intimidaram com o Beira-Rio lotado, com as barreiras humanas erguidas pelos adversários, ou mesmo com a bola teimando em explodir na trave.
   O técnico, estrategista nato, sabia como colocar água no chope dos oponentes. Ele comandava seus jogadores, fazendo-os honrar a camisa, sentir o peso da história colorada, mas também dar o melhor de si em campo.
   Clássico é clássico, e cada confronto desses era um capítulo à parte. O confronto com o Grêmio, eterno rival, foi um desses momentos. As pernas de pau se transformaram em craques por uma tarde, e o Internacional conseguiu sair com um empate com sabor de vitória.
   Mas nem só de clássicos vive o futebol gaúcho, e as batalhas contra outros times foram igualmente intensas. Houve jogadas previsíveis, erros fatais, mas também chutes certeiros que acabaram por carimbar a faixa de muitos adversários.
   O fantasma do rebaixamento, sempre à espreita, ficava cada vez mais distante a cada rodada. Confirmar o favoritismo era necessário, mas não fácil. Todo perna de pau tem seu dia de craque, e os adversários estavam ali para mostrar isso a cada partida.
   Na marca da cal, o coração acelerava, os torcedores seguravam a respiração, e o jogador sabia que ali estava a oportunidade de fazer as pazes com a vitória, de encher o pé e balançar a rede.
   E assim, rodada após rodada, o Internacional foi seguindo as orientações do professor, administrando e buscando resultados, afastando o perigo e levando perigo à área adversária.
   Chega-se ao fim do Gauchão 2024, e o Colorado mantém sua invencibilidade. A torcida, fiel como sempre, vibra, canta e espera ansiosa pelo próximo desafio.
   Mas a vida de um time de futebol é feita de etapas, e agora é hora de virar a chave. A Conmebol Sul-Americana e o Brasileirão estão à porta, e o Internacional não pode perder o embalo.
   Os primeiros jogos já estão marcados, e o time sabe que não há espaço para ficar no empate, para pecar nas finalizações ou para se perder em campo. É hora de retomar o caminho da vitória, de carimbar a faixa dos novos adversários, de jogar como um veterano mesmo com o desgaste da temporada.
   O facultativo entrou em campo, mas agora é a hora dos titulares brilharem. É a hora de correr pro abraço, de fazer valer a força da torcida que nunca abandona.
   E sabemos que, mais dia, menos dia, a invencibilidade pode cair. Mas enquanto a bola estiver rolando, enquanto os jogadores estiverem em campo, o Internacional estará lá, dando tudo de si, buscando sempre a vitória.
   Que a temporada 2024 seja repleta de emoções, conquistas e muitos gols para o Internacional. Que a campanha invicta no Gauchão seja apenas o começo de um ano brilhante para o Colorado. E que, ao final de tudo, possamos dizer com orgulho: "Somos Internacional!" 
★★★

Public Image Limited - Rise

RESENHAGEM OFICIAL:

1º DE ABRIL, DIA DOS BOBOS. 
(60 ANOS DO GOLPE DE 64)

domingo, 3 de março de 2024

Gauchonga 2024 fase decisiva (quartas/sêmis/final) + CoBra 2ª fase (jogo único)


Finalizamos a primeira etapa do ano de modo alvissareiro: dos 11 confrontos pelo Gauchonga, perdemos apenas 1 (Guarany fora) e empatamos 1 (São Luiz idem), com o plus de termos faturado o brenau 441; e também matamos o jogo único contra o ASA, válido pela 1.ª fase da CoBra.

   Na sequência, as dificuldades obviamente aumentam — teremos pela frente apenas jogos de mata-mata. Do início de março até início de abril, serão duas partidas haverá partida única dia 09/3 no Gigante pelas quartas do Gauchonga, contra o São Luiz, novo campeão da Recopa Gaúcha (meteu 2 a 0 no gremixo, que recusou as medalhas de vice), mais duas pelas sêmis e duas pela final (botando fé que chegaremos lá).

   Dia 13/3, a partida única pela 2.ª fase da CoBra, contra o Nova Iguaçu — de novo fora de casa, mas com a diferença de que o empata-foda leva pros penais (devido à inadequabilidade do Laranjão, a CBF definiu que será no Mané Garrincha). Há quem questione a regra do jogo único (Sandromes et alii), porque favorece apenas o anfitrião; porém, a justificativa é de que, nessas duas fases iniciais, os visitantes via de regra são mais ricos e mais fortes, com os eventuais fracassos entrando no rol das zebras e fiascos (foi o nosso caso ao perder de 2 x 0 pro Globo-RN em 2022). Não deixa de ser uma justificativa plausível, mas o regulamento de certo modo se contradiz ao permitir que 12 clubes entrem direto na 3.ª fase, com jogos de ida e volta (desses 12, de 7 a 9 destinam-se aos clubes classificados pra Libertas).

P.S. i: acrescente-se que o jogo único priva a equipa melhor ranqueada de faturar com a bilheteria em seu estádio; por outro lado, num contexto de calendário apertado, poupa-lhe um compromisso.

★★★  

A esquadra coudeana parece ter encaixado nesse início de temporada; houve algumas ratiadas (sic) comprometedoras nos dois principais compromissos até agora, um atrás do outro (o gol contra do Renot 6 no brenau e a entregada do Igorgomes 3 contra o ASA, ambas logo após o apito inicial). A fotografia mudou bastante, e a fenestra fecha dia 7/3 (quinta que vem), portanto o Barcelino ligou o turbonitro a fim de concretizar novas negociações, tanto de saídas como de chegadas. O principal nome dentre as novidades até agora é o centroavante Al Ahrio aka Larika 31 — 1 gol dérbi (em 40s, 600.º dos brenais), 1 na CoBra (em 4min) e 1 no Gauchonga (contra o Brasil-Pel). Também digno de nota é o zagueiro Robenan 4. Dos que podem chegar antes do prazo supra, o mais aguardado é o atacante Borrègar, preso nas teias do Werder Bremen (depois de eu escrever isso, o Kommando anunciou que ele chega terça e que envergará a 19). Quanto a outro nome de peso, o volante Thiago Maia, tudo indica que a negociação melou. Fora isso, a contratação dum arqueiro se tornou prioridade, porque bateu a zica de tal modo, que o titular Rochot 33 está lesionado desde o final do ano passado, o substituto Quaresma 22 se machucou logo após ser apresentado e o sósia dele, Keila foi passado adiante (graças) — resumindo, estamos jogando com o 4.º da hierarquia, Anthony 24, tendo como reserva um guri de 16 anos; dentre as possibilidades, o do Atlético-Go, tendo Campari 17 como parcela da transação) e o do Olímpia-Par. Mais 3 defenestráveis: Zadriano 9 (vai pro Vitória), DesPena 14 e Gabriel 23. Outra possível chegada, na categoria "necessidade unânime": um lateral-esquerdo pra assumir a titularidade do Renot 6, que continua comprometendo (eufemismo); e talvez mais uma zagueiro.

   Em adendo a essa encheção de morcilha, uma confissão: dos primeiros 12 jogos de 2024, assisti a somente 2 e 1/2: na tereza, São José (completo) e Arapiraquense (1.º tempo e minutos finais); in loco, Humaitense.
★★★

O QUE OS HOMENS PRECISAM SABER ANTES DE VIRAR MULHER.
Na bostagem anterior, houve dois papiamêntu (sic) que podem ser correlacionados um com o outro: primeiro, sobre o sentido da vida; segundo, sobre o desgaste emocional em jogos de peso, no caso o brenau passado (#441).

   À pergunta Qual o sentido da vida?, muitas e variadas tentativas de resposta foram dadas por filósofos, teólogos (categoria na qual Nietzsche colocou todos os filósofos alemães antes dele), cientistas, psicólogos, místicos, romancistas, dramaturgos, poetas, humoristas, bagaceiros e vagabundos em geral, et alii. Algumas delas, grosso modo, afirmam que: o sentido da vida é viver assim ou assado; o sentido da vida está na próxima vida (na eterna ou na reencarnada); o sentido da vida está na sua falta de sentido, na aceitação ou superação do absurdo e do niilismo, na consciência ou adiamento da morte, etc. etc. Em comum, por considerarem-na legítima, essas tentativas outorgam-se a possibilidade ou mesmo o direito de, com exclusividade, respondê-la — afinal, se ela pode ser feita, decerto pode ser respondida, e se a resposta está correta ou não, o problema não é da pergunta. Será? Porque exemplo de pergunta sem sentido é o que não falta. Talvez o problema, de fato, não seja a pergunta em si, mas sim as respostas, que a invalidam ou anulam devido aos vieses, desdobramentos, vaguezas e redundâncias que carregam (e.g. O que acontece no post-mortem?). Nada me impede porém de dar uma de esperto e responder que o sentido da vida está em perguntar-se sobre o sentido da vida (i.e. não terceirizá-la, o que não implica autossuficiência). Ou ainda, poupando-me o trabalho de respondê-la: seja por tomá-la como ociosa (i.e. não vale a pena perder tempo com ela); seja por negar-lhe o status de perguntável, pelo simples fato de não serem respondíveis — este é o caso dos positivistas lógicos e de Wittgenstein, que escreveu em seu Tractatus logico-philosophicus:

6.521 - A solução do problema da vida se faz notar no desaparecimento desse problema.
(Não está aí o motivo por que pessoas às quais o sentido da vida se tornou claro após prolongadas dúvidas, por que não se viram então capazes de dizer no quê consistia tal sentido?)
[traduzido do original alemão por Henze Saci, dublê de filósofo] 

★★★ 

Mesmo supondo que não seja uma pergunta vazia, desprovida de sentido, não dá pra negar que é problemático definir conceitos abstratos. Mas se ela é feita como expressão dum anseio, duma angústia, dum momento de crise existencial, esses poréns meio que ficam à margem. Inclusive ela se apresenta mais em momentos pouco animadores, tomando um aspecto circunstancial e apelando retoricamente a um pragmatismo que parece inviável — e.g. "Viver assim pra quê?!", "De que vale viver neste mundo?!", etc. Numa esfera mais restrita, a do futebol, pode traduzir-se como "Pra que torcer, se não ganho nada com isso e só me estresso?!". E aqui entra o mote que apontei supra: o dérbi domingo passado. É o jogo por excelência que, em geral, não faço quase questão de assistir — muito "desespero" pro meu gosto; mas se é pra assistir, que seja no Bêra, porque é bem menos pior do que ver na tereza ou tentar fazer outra coisa nada a ver; mesmo assim, não vou em todos. Pois bem, tinha decidido ir nesse, embora sozinho (o que pra mim não é problema, pelo contrário), e agi durante o dia como se fosse um compromisso chato, uma espécie de obrigação; esperei até o limite do horário pra sair, e me pus a caminho com o ânimo dum condenado, uma pedra de criptonita em cada bolso (não tanto pelo jogo, mas pelo desalento geral e a canseira). Mal andei um pedaço, uma frase pichada me chamou atenção (tenho mania de ler qualquer bagulho à vista): A felicidade é passageira; [até aqui, tudo bem] o sofrimento dura pra sempre (ou é eterno, tantôfas). [#tomanoku] Quando vi, já tinha lido, e uma vez lido, não tem como desler. Resultado: um segundo saco de cimento nos ombros. Não dá nada, só de raiva apertei o passo. Tudo isso de bico seco. O resto do caminho colaborou, me distraiu até — poupo dos detalhes o abominável leitor. Lá estou eu, bem instalado, estádio cheio, faltando (se não me falha a memória, porque ultimamente tem me falhado bastante) uns 20 minutos. Olho de revesgueio pra torcida arquirrival, um sneer com o canino direito, enquanto admiro a beleza e vibração da torcida colorada, e súbito me sinto como que alheio a tudo, quase sem saber por que estava ali. Entram as equipas, show alvirrubro, apita o árbitro (notório bremista), começa a correria! Continuo gelo. Dali a pouco, uma bola morta vira gol contra pelas patas de nosso excelentíssimo lateral-esquerdo, Renot número 6. Logo após os impropérios de praxe, em vez de voltar ao meu estupor, entro numa espécie de paranoia autocensurante e passo a me questionar por que tinha ido até lá, por que raios era torcedor, como faria pra me livrar daquilo tudo e levar uma vida pacata (a angústia ficava por conta da certeza de não haver saída).

P.S. ii: durante esse delírio, vejo à média distância algo chocante mas finjo que não vi, a saber, o número 27 seguido de 2 zeros, em tamanho chamativo (pra não deixar dúvida), indicando o preço salgado da fatia de pizza vendida pelo ambulante que circulava no setor. Era um sinal que eu só reconheceria a posteriori...  

   Parecia ter transcorrido uma eternidade (foram 10 minutos), quando saiu o gol de empate! Explosão da torcida! Foi como uma injeção de adrenalina, o encosto se escafedeu, conjurei mil redemoinhos e joguei junto mais do que nunca.

P.S. iii: o autor do gol, todos sabemos, foi Mauricinho, que enverga a camisola número? 27 — bingo! Mauricinho pizzaiolo!

   Daí tomamos de novo, golzito cagado, mas nem me abalei. Não demorou pra mais uma vez igualarmos (bastou o Larika 31 entrar). Ambos os lados queriam vencer a todo custo, porque valia a mais-valia do vantajoso 1º lugar. Até que nasceu a virada aos 52'(de penal, quem diria, batido pelo Alampa 10), com direito ao entrevero das gazelas envaretadas que se seguiu no relvado! Naquele momento, o sentido da vida era estar ali torcendo.

P.S. iv: a saída foi extática, como não poderia deixar de sê-lo; me concedi 2 chopes session e, na volta pra casa, me dei ao trabalho de procurar a tal pichação: não achei! tinha sumido!   

 
Leitura recomendada (por enquanto só li uns trechos):
Meaning of life (Wikipeida)
Em português, o conteúdo é menor.

★★★
           
 
★★★

Minyo Crusaders/民謡クルセイダーズ - Kaigara Bushi/貝殻節 (Official Music Video)
→ASSISTIR NO YOUTUBE EM TELA CHEIA←  (POR CAUSA DA LEGENDA EMBUTIDA NA PARTE SUPERIOR, DO VISUAL etc.)

MEU MANTRA ATUAL:

Yasahoeya 
Hoeyae yoiyasano sasa
Yansanoe yoiyasano sasa

(Entoado conforme a música supra; especial atenção à pronúncia do H e do S, que em japonês soam respectivamente como o nosso RR e SS.)

BENZADEUS! (Le Ruque-Raque Blogue & The Black Tape Project)

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